Formação

14 de Setembro de 2015

Homilia: 24º Domingo do Tempo Comum

“Tu es o Messias...o Filho do homem deve sofrer muito”

O povo de Israel esperava um Messias segundo os critérios dos poderosos deste mundo. Por isso, as opiniões sobre Jesus se encontram divididas e separadas por critérios falsos de fé e de confiança no Messias e Salvador. 

Celebramos com alegria nossa Eucaristia. Somos uma comunidade fortalecida pelo milagre do pão e do vinho: a matéria se deixa transformar pelo Espírito, no pão que dá a vida. Perguntemo-nos quem verdadeiramente é Jesus para nós e como hoje encaramos os nosso próprios sofrimentos?

É aceitando a cruz e perdendo a vida que ganharemos a eternidade. Perda, morte, desilusão, contradições: o efêmero do mundo é motivo do nosso confronto espiritual. Tudo isso nos leva a entender o propósito de Jesus nos nossos dias, o porquê de Jesus ser julgado e condenado. Jesus sofreu das formas mais diversas e contrárias. Algumas vezes, consideramo-Lo como grande sábio, um moralista generoso ou um protagonista da história. Por outro lado, outros nutriam certa revanche contra esse líder espiritual, por isso, foi caluniado, abandonado, esquecido e por muitos ignorado e desconhecido.

A única identidade de Jesus é a proclamada por Pedro: “Tu es o Cristo”. Se nós reduzirmos a fé cristã ao horizonte fechado dos homens, mesmo esse horizonte sendo tão nobre, isso nos pode deixar entender que também nós nos equivocamos ou erramos nas nossas maneiras de ver as coisas e de pensar e agir, com referência a Jesus Cristo e seus valores ensinados. 

O Cristo não veio como uma simples doutrina para ajudar-nos a fazer a vida mais suportável na sociedade ou para permitir que levemos uma vida acomodada aos nossos princípios ou de nossa própria maneira. Cristo veio para dar-nos a salvação eterna, a esperança sobrenatural que supera todas as nossas expectativas. Cristo Jesus veio para resgatar toda a humanidade e a realidade terrestre à procura de nossa felicidade eterna.

Não é suficiente reconhecer Jesus como “O Filho de Deus”, hoje somos chamados a imitá-lo no que é mais específico, no que mais nos custa e nos dói tantas vezes: “O amor à cruz”, que é um instrumento e não uma finalidade da Redenção. Se nós queremos colaborar na sua obra, não podemos fugir da realidade da cruz, porque será só por meio dela, que perdendo nossa própria vida, encontraremos a eternidade. Porque é morrendo a nós mesmos que encontraremos a plenitude da vida na Ressurreição.   

Maria Mulher fiel até a cruz, dai-nos a alegria de morrer para nós mesmos e assim viver só em Cristo e para Cristo!

Pe. Marco Antonio Forero. PSS.

 

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