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Quinta, 25 Junho 2015 11:46

Visita de São João Paulo II ao SMAB

 

         No dia 15 de outubro de 1991 nosso Seminário Maior recebia um ilustre vistante em suas mediações : São João Paulo II. Em sua visita ao nosso Seminário ele fez um belíssimo e profundo pronunciamento, para todos os formadores e seminaristas. Leia na integra as palavras de Sua Santidade.

 

VIAGEM APOSTÓLICA AO BRASIL

 

DISCURSO DO PAPA JOÃO PAULO II 

AOS JOVENS ALUNOS DO SEMINÁRIO 

ARQUIDIOCESANO DE «NOSSA SENHORA 

DE FÁTIMA» DE BRASÍLIA

 

15 de Outubro de 1991

 


 

Meus caros Seminaristas,

1. É uma imensa alegria para mim, poder estar aqui reunido com um bom número daqueles que receberam o chamado de Cristo para serem seus servidores e ministros! Nos que aqui estão, vejo também a presença dos outros seminaristas do Brasil, e a todos quero dirigir minha palavra.

Agradeço de coração as amáveis palavras do Diácono Antônio Edimilson Ayres, ao falar em nome dos seminaristas aqui reunidos, querendo interpretar o espírito comum que anima a todos.

Vem e segue-me (Mt 19, 21)! Este chamado foi ouvido, um dia, no fundo dos vossos corações. Cada um escutou o apelo de forma diferente e em circunstâncias diversas. Mas para todos, há um ponto em comum: foi o próprio Jesus Cristo que veio ao vosso encontro e disse: Vem e segue-me! Recebestes uma vocação divina para serdes instrumentos vivos de Cristo, Eterno Sacerdote Cfr. Presbyterorum Ordinis, 12).

O encaminhamento para esta vocação e esta missão é muito mais do que uma escolha ou uma inclinação pessoal. A todos podem ser aplicadas aquelas palavras de São Paulo, que despertam na alma sentimentos de admiração e de agradecimento: “n’Ele nos escolheu antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos”(Ef 1, 4). Desde toda a eternidade, cada vocação está, por assim dizer, inscrita no próprio coração do Senhor. Valorizai sempre, por isso, vossa vocação como ela é: um grande dom divino!

2. Vem e segue-me. O próprio chamado específico, de que fostes objeto, pede uma adequada preparação, uma formação que permita, de fato, identificar-se com Cristo e seguir seus passos. “Que é esta formação?”, perguntava eu no início dos trabalhos do Sínodo dos Bispos do ano passado, que abordou o tema da formação sacerdotal. “Pode-se dizer, respondia, que é uma resposta ao chamamento do Senhor da vinha”(Ioannis Pauli PP. II Allocutio VIII ineunte ordinario generali coetu Synodi Episcoporum, 2, die 30 sept. 1990: Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XIII, 2 (1990) 788).

É para criar as condições de dar esta resposta que existe o dever de uma oportuna formação durante os anos do Seminário.

Embora este nome - Seminário - não seja o único para designar o tempo e o local dessa formação, é ele utilizado de preferência na Igreja. O Seminário está no coração da Igreja que deseja seu desenvolvimento e espera que receba todo apoio, como falou o Concílio Vaticano II e repetiram, no ano passado, os Padres Sinodais. O Concílio chegou até a decretar que deve ser considerada plenamente válida na Igreja a experiência multissecular dos Seminários, porque, como instituições destinadas à formação sacerdotal, são o instrumento talvez mais eficaz para a preparação integral dos futuros sacerdotes, na medida em que estiverem dotados dos meios pedagógicos indispensáveis (Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, Intr. 1) O atual Código de Direito Canônico, seguindo esta mesma linha, determina que em todas as dioceses, com condições de fazê-lo devidamente, deve existir um Seminário Maior. Caso isso não seja possível, deveriam enviar seus candidatos ao Seminário de outra diocese ou a um Seminário interdiocesano (Codex Iuris Canonici, can. 237). Estais vendo como a Igreja preza os Seminários. Dá ela, inclusive, especial valor à palavra “Seminário”, que prefere a outras, por causa de seu conteúdo e de sua raiz evangélica. Seminário significasementeira, lugar de sementes para o futuro plantio. Percebemos de forma imediata o paralelismo entre o cuidado do bom agricultor com as plantas que estão germinando, e o tempo de formação no Seminário.

A semente, para crescer com viço e dar frutos, exige tempo e atenções esmeradas. A formação do sacerdote também. Seria falsa a urgência que levasse a uma preparação descuidada, ou a improvisações superficiais, que deixariam lacunas irreparáveis nos futuros sacerdotes. Nenhuma urgência pastoral ou simples preocupação numérica pode levar a descurar a sólida formação dos seminaristas, em Seminários que funcionem de acordo com as normas canônicas e as orientações oficiais da Igreja, confirmadas no recente Sínodo.

3. Que dimensões deve ter essa formação, verdadeira “escola do Evangelho”? Deve ser ela “uma formação integral, que não descuide nenhum aspecto: formação humana, doutrinal, espiritual e pastoral, que tenha em conta as circunstâncias, muitas vezes difíceis, em que deve ser exercido o ministério” (Ioannis Pauli PP. II Allocutio novissima in congregatione VIII Coetus generalis ordinarii Episcoporum Synodi, 8, die 27 oct. 1990:. Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XIII, 2 (1990) 950).

Em primeiro lugar, formação humana, necessária para seguir a Cristo, “perfeito Deus, e perfeito homem” (Symbolum "Quicumque"). O tempo do Seminário deve ser, acima de tudo, um tempo de profunda identificação com Cristo, começando por tomar como modelo a Humanidade do Senhor.

Ser outro Cristo, alter Christus, como é preciso que seja o sacerdote, exige humanidade íntegra, caráter firme, virtudes morais sólidas,personalidade madura (Cfr. Optatam Totius, 11). Estas virtudes são importantíssimas na vossa formação. Para consegui-las não existe outro caminho que o da autêntica disciplina e da austeridade de vida. Portanto, deve o Seminário educar o futuro sacerdote na escola do sacrifício e da disciplina viril, pessoal e inteligente.

Tende sempre presente que a maturidade e a firmeza das virtudes “humanas” é como a rocha, sobre a qual pode assentar-se com estabilidade o edifício das virtudes sobrenaturais e a própria vocação.

Sede fortes na perseverança, a despeito das eventuais dificuldades ou crises, convencidos de que a vocação não é uma escolha pessoal, que se pode assumir ou revogar, nem uma experiência, mas, como antes vos lembrava, um desígnio e um chamado eterno de Deus.

Segui pelo caminho que Jesus Cristo trilhou, abraçando voluntariamente e com alegria o dom do celibato sacerdotal. Não vos posso ocultar o íntimo gozo com que vi confirmada pelo último Sínodo “a opção do celibato sacerdotal, que é própria do rito latino”, como “carisma livremente recebido e autenticado pela... Igreja, em vista de uma dedicação exclusiva e alegre da pessoa do sacerdote ao seu ministério de serviço e à sua vocação de testemunha do Reino de Deus” (Ioannis Pauli PP. II Allocutio novissima in congregatione VIII Coetus generalis ordinarii Episcoporum Synodi, 7, die 27 oct. 1990:. Insegnamenti di Giovanni Paolo II, XIII, 2 (1990) 949 s.). São ilusórias e empobrecedoras para o sacerdócio as pretensões de um “celibato opcional”. O mesmo Deus que vos chamou, vos dará a graça para amar e conservar fielmente o grande dom do celibato, que Ele próprio quis unir à vossa vocação.

4. Seguir a Cristo - vem e segue-me! -, exige conhecer a Cristo, conhecer o Mistério do Deus feito Homem, conhecer o Mistério da Salvação (Cfr. Optatam Totius, 13). É para isto que se orienta a formação doutrinal que tem uma importância fundamental nos anos do Seminário. Esta formação deverá ter o caráter indispensável de um estudo sério e profundo na preparação para o sacerdócio. Dedicai-vos ao estudo com empenho e afinco! Somente assim chegareis a ser homens de fé e testemunhas da verdade que liberta (Jo 8, 32).

O autêntico saber filosófico é instrumento fundamental para compreender mais profundamente o homem, a realidade do mundo e o seu Criador. Tal como aconselhava o Concílio Vaticano II, esta formação filosófica deve apoiar-se sempre no “patrimônio filosófico perenemente válido” (Cfr.Optatam Totius, 15). Que abre caminho para uma segura e profunda inteligência das verdades reveladas. Hoje, com o descrédito das ideologias que até pouco dominavam tantas nações, percebe-se melhor como os projetos de nova ordem social se manifestaram inconsistentes, por causa da fragilidade de seus fundamentos filosóficos. Só se pode alcançar uma capacidade de discernimento e de atuação eficaz e segura, através daquele conhecimento filosófico que é a busca da verdade em si mesma. Todas as orientações pastorais, as propostas educativas, as reformas sociais ou as decisões políticas deveriam estar embasadas em pressupostos e esquemas mentais de caráter filosófico, que não podem ser ignorados por um futuro sacerdote.

O estudo da teologia, a que vos dedicais durante vários anos, fornecerá a base sólida para a vivência e a transmissão da Verdade salvadora. Utilizai a Sagrada Escritura como contínuo alimento espiritual, e aprofundai o seu conteúdo principalmente à luz dos Padres da Igreja, incomparáveis intérpretes dos Livros Sagrados e testemunhas privilegiadas da Tradição (Cfr. Instr. de Patrum Ecclesiae studio in formatione sacerdotali, die 10 nov. 1989, n. 18. 26). São eles que vos guiarão nos estudos teológicos, dando-lhes uma vitalidade cada vez maior e mostrando sua íntima relação com vossa vida espiritual e com vosso trabalho pastoral.

Tende sempre como guia, para os estudos, o Magistério autêntico e universal da Igreja. Só quando o Magistério é docilmente aceito, com espírito de fé, expressão da fé viva no próprio mistério da Igreja, é que se podem evitar as tentações do deslumbramento superficial perante correntes e modas teológicas, que deturpam e obscurecem a Verdade. Não vos deixeis iludir pelos desvios de uma teologia da libertação, que pretende reinterpretar o depósito da fé com base em ideologias de cunho materialista, e se afasta gravemente da Verdade católica.

5. Mas todo enriquecimento que se adquire pela formação doutrinal, seria planta sem seiva, se não tivesse como base uma intensa vida espiritual. O seminarista prepara-se, antes de mais nada, para ser um homem de Deus.

Recorrei regularmente e com frequência ao Sacramento da Reconciliação, que é fonte permanente de conversão e de renovação. Vivei piedosamente as práticas da meditação, da leitura espiritual, do exame de consciência e as sólidas devoções recomendadas pela Igreja, dentre as quais sobressai muito especialmente o amor filial a Maria Santíssima. Deste modo, se irá dando em vossas vidas uma mais íntima identificação com Cristo e, em consequência, um autêntico aprendizado do amor.

Buscai, entre os sacerdotes aprovados pelo Bispo, um diretor espiritual, que vos auxilie neste aprendizado. Conversai com ele regularmente. Como a planta que está nascendo requer cuidados atentos do lavrador, assim o amor que desponta na alma terá seu desenvolvimento mais pleno, com o auxílio de um diretor espiritual dotado de experiência, retidão de critério e zelo ardente.

6. Desta formação espiritual, caros seminaristas, nascerá o espírito de caridade que é o fruto do amadurecimento do amor a Cristo. Sereis, assim, sacerdotes como precisa a Igreja, verdadeiros pastores, plenamente imbuídos do amor que nasce do Coração de Cristo. Com esta caridade pastoral, sabereis procurar de preferência os mais pobres e necessitados, os que carecem da luz e do conforto espiritual para suas vidas. Vossa caridade deve ir além de uma mera assistência ou promoção social, deve ser aberta a todos, sem exclusivismos, refletindo a vontade salvífica universal de Cristo.

Assim, descobrireis a beleza do vosso sacerdócio e a verdadeira face da Igreja. Esta, no empenho por tornar o mundo mais justo e mais humano, se baseia, antes de tudo, numa visão ética e religiosa. O magistério da Igreja procura iluminar os problemas que afligem a sociedade contemporânea com os princípios e critérios evangélicos e baseados na ordem natural, para que cada pessoa possa viver com dignidade e alcançar seu destino temporal e eterno. É assim a atividade pastoral da Igreja e sua doutrina social. Torna-se, pois, indispensável para vós conhecer bem esta doutrina, estudá-la com afinco, dedicar-lhe verdadeiro apreço, se quereis que vosso futuro ministério seja realmente eficaz e fecundo.

7. Quero dirigir ainda uma palavra de alento e de agradecimento aos formadores, para que perseverem, com alegria e sacrifício, nesta tarefa silenciosa e incansável.

Objeto desta gratidão e estímulo são em primeiro lugar os formadores do “primeiro seminário”: os pais. É no lar cristão que desabrocha a fé e dá os primeiros passos a vocação sacerdotal. Pais, amai a vocação de vossos filhos, e agradecei a Deus o amor de predileção com que se dignou escolher algum deles para ser operário da sua messe.

Aos que receberam dos respectivos Bispos a tarefa de serem formadores no Seminário, peço que amem sua missão e se dediquem a ela de todo coração. Lembrai-vos de que nas vossas mãos está o futuro da Igreja! No Brasil há uma urgente necessidade de vocações, que Deus não deixará de promover, e isto significa que há urgente necessidade de formadores bem preparados. Tal urgência não deixa indiferente o meu coração de Pastor de toda a Igreja, nem o dos Pastores locais, sendo um motivo de viva atenção e de oração para todos. Por isso, reveste-se de grande importância o esforço que a Pastoral Vocacional vem desempenhando em todo o Brasil, com o incentivo da vossa Conferência Episcopal. Desejo, portanto, animar a tantos agentes que, espalhados por todo o país, dão o próprio testemunho e prestam seu serviço para dinamizar esta Pastoral, a fim de que sintam a necessidade de acompanhar ainda mais os candidatos ao sacerdócio, no seu processo de discernimento e amadurecimento vocacional.

8. Quero terminar estas palavras, caros seminaristas, elevando meu coração a Deus em prece confiante e cheia de fé:

Senhor, fazei que estes futuros sacerdotes tenham uma personalidade íntegra e rica em virtudes, à semelhança de Jesus Cristo.

Fazei que sejam homens de Deus e, como Jesus, homens para os outros. Colocai em seus corações um amor vivo pela Palavra divina, pela Eucaristia e pela oração, pela Igreja e pela doutrina salvadora que ela conserva e proclama fielmente. Fazei, enfim, que na preparação ao seu futuro ministério, sejam cada dia mais santos.

Para confirmar estas intenções, convido a todos para que contemplem sempre a Maria, a Virgem Santíssima, como modelo de entrega ao plano de Deus. Imitai o seu “fiat” expresso numa decisão única, que sirva de estímulo a vossas vidas. Que Ela, a Virgem Aparecida, a Mãe da Igreja e de todos vós, vos acompanhe no caminho do altar e da vinha do Senhor.

Peço, enfim, que leveis meu abraço e minha lembrança a todos os vossos pais e irmãos. Que eles saibam que o Papa nutre, também por eles, particular afeto. Para terminar, dirijo minha saudação especial e afetuosa aos Superiores e aos Seminaristas do Seminário “Redemptoris Mater” que a pouca distância daqui encontra-se a concluir. Faço votos que, com a Bênção de Deus, sejam sempre de autêntica formação de Sacerdotes, animadores pelo verdadeiro espírito de Cristo. A todos, de coração, concedo a minha Bênção Apostólica. Amém.

Quinta, 25 Junho 2015 11:43

História

           A cidade de Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960 como a nova capital da República Federativa do Brasil. Com ela, nascia também a Arquidiocese de Brasília, confiada aos cuidados pastorais de Dom José Newton de Almeida Baptista, o qual já havia sido bispo de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul (1944), e arcebispo de Diamantina, em Minas Gerais (1954).

          A ideia da construção de um seminário na nova capital apareceu, em primeiro lugar, na bula de criação da Arquidiocese de Brasília "Quandoquidem nullum" (16 de janeiro de 1960), do Papa João XXIII, que indicava a grave obrigação de edificar, ao menos, um seminário menor. Depois, o primeiro Arcebispo de Brasília, no seu discurso de posse (21 de abril de 1960), colocava a construção do seminário entre as suas primeiras metas pastorais.

          Em 12 de outubro de 1960, seis meses após a inauguração da Arquidiocese, foi lançada a pedra fundamental do Seminário Arquidiocesano. Nessa ocasião, Dom José Newton afirmou que esse seminário constituiria a "fonte de vida da Arquidiocese de Brasília". Inaugurado parcialmente em 1º de março de 1962, esse Seminário Menor, confiado à direção dos padres lazaristas, depois de funcionar durante alguns anos, teve de ser fechado.

          Desde então, Dom Newton passou a buscar uma solução para a questão vocacional da jovem Arquidiocese. Em 26 de agosto de 1973, o Papa Paulo VI dirigiu uma carta ao Superior Geral dos Padres de São Sulpício, Pe. Constant Bouchaud, manifestando confiança e reconhecimento pelo serviço prestado por essa Companhia à Igreja no campo da formação dos futuros sacerdotes. Lendo essa carta, publicada no "L' Osservatore Romano", Dom Newton pensou em convidar os Padres Sulpicianos para dirigir o tão almejado Seminário Maior de Brasília. Para tanto, escreveu ao Núncio Apostólico no Brasil, Dom Carmine Rocco, apresentando-lhe toda a situação e a possibilidade de solicitar a cooperação da Companhia de São Sulpício.

          Assim, Dom Rocco entrou em contato com o Pe. Bouchaud, pedindo-lhe oficialmente, por uma carta (18 de abril de l974), que providenciasse a fundação e a direção do Seminário Maior de Brasília. Com prontidão, já nos dias 24 a 30 de setembro, o Pe. Roland Dorris, Superior Provincial dos Sulpicianos do Canadá, junto com o Pe. Rodrigo Arrango, Reitor do Seminário Maior de Bogotá, faz uma visita a Brasília, para tratar dos projetos de fundação do novo seminário. A fundação fica definitivamente aprovada por uma carta do Arcebispo de Brasília, em 30 de junho de 1975.

Em 05 de agosto, Dom José Newton envia uma carta circular a várias dioceses do Brasil, oferecendo-lhes o novo Seminário de Brasília para a formação dos seus futuros sacerdotes. Assim ele se expressava nessa carta: "Venho oferecer a Vossa Excelência nosso Seminário Maior, isto é, o seu Primeiro Ano de Filosofia, a iniciar-se em março de 76. Em 1977, teremos também o Segundo Ano de Filosofia, e assim por diante, até completar o curso dos três anos de filosofia e quatro de teologia... Sentimo-nos felizes por ter obtido da Sociedade de São Sulpício, Província do Canadá, a direção e, pois, a formação de nossos futuros sacerdotes... O sistema sulpiciano tem a vantagem de larga e exclusiva experiência e beneficia-se de criteriosa atualização de seus métodos".

          Em 10 de fevereiro, chegam dois padres sulpicianos: o pe. Rodrigo Arrango Velásquez, PSS, que seria o primeiro Reitor do Seminário de Brasília, e o pe. Telesfóro Gagnon, PSS. Além desses, um padre de Brasília, monsenhor Damasceno Assis, atual Arcebispo de Aparecida, junta-se à equipe de formadores do seminário. Finalmente, no dia 08 de março de 1976, chegaram os primeiros oito alunos.

          A inauguração oficial se deu na Solenidade da Anunciação do Senhor, em 25 de março de 1976. Nessa data, o padre Reitor afirmava: "O nosso programa de orientação pode resumir-se em uma frase: fidelidade à Igreja. Em matéria de pedagogia sacerdotal, a Igreja possui diretrizes de formação definidas, experimentadas e atualizadas. Não vamos inventar o que é um Seminário Maior".

          O pedido expresso pelo Sínodo foi plenamente recebido pelo Santo Padre que, no n. 62 da Exortação apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis, convidou a Congregação para a Educação Católica a recolher “todas as informações sobre as experiências feitas ou que se estão a fazer” acerca do período propedêutico e a comunicá-las depois às Conferências Episcopais. Sendo a praxe existente nos diferentes países muito diferenciada, a Exortação, no mesmo número 62, sugeria ser necessário limitar-se só a uma fase de estudo e de experimentação, para poder definir de maneira mais conveniente e significativa os diversos elementos de tal período, que, aliás, deve ser coordenado com os anos sucessivos da formação no seminário.

          Na nova Ratio do Brasil foi traçado um programa para unificar as iniciativas neste sector. Prescreve-se um período propedêutico concebido como uma « instituição autônoma, distinta e coordenada com outras etapas de formação ». Trata-se dum curso com uma residência própria, com uma programação específica, que deve ter uma duração não inferior a um ano e ser realizado depois da conclusão dos estudos secundários sob a direção de formadores bem escolhidos.

          A sua obrigatoriedade estende-se também aos alunos provenientes dos seminários menores e dos grupos vocacionais. Entre os seus principais objetivos, mencionam-se os seguintes: discernimento vocacional, amadurecimento humano-afetivo, formação espiritual com uma experiência viva de Deus alimentada com leituras bíblicas, com a oração e a liturgia. 

          O curso visa, além disso, completar a formação intelectual, a iniciação à vida comunitária e uma compreensão mais aprofundada da Igreja, do sacerdócio e do ministério presbiteral. Para cada uma das principais dimensões formativas (humana, espiritual, acadêmica e pastoral) são dadas orientações detalhadas.

Faça o download das notas históricas do seminário clicando no arquivo abaixo!

Sexta-feira, 26 de junho: o Papa Francisco afirmou na homilia em Santa Marta que não se pode fazer comunidade sem proximidade. Segundo o Santo Padre, os cristãos devem-se aproximar e estender a mão àqueles que a sociedade tende a excluir, como fez Jesus com os marginalizados do seu tempo. É isso que faz da Igreja uma verdadeira “comunidade”.

O Papa centralizou a sua homilia na passagem do Evangelho do dia, em que um leproso toma coragem, prostra-se diante de Jesus e lhe diz: “Senhor, se quiseres, tens poder para purificar-me”. Jesus toca-o e cura-o. Aproximando-se dos excluídos do seu tempo, Jesus “sujou” as mãos tocando os leprosos. E, assim, ensinou à Igreja “que não se pode fazer comunidade sem proximidade” – afirmou o Papa Francisco:

“Não se pode fazer comunidade sem proximidade. Não se pode fazer a paz sem proximidade. Não se pode fazer o bem sem aproximar-se. Jesus poderia muito bem ter dito: ‘Sê purificado!’. Mas não: aproximou-se e tocou-o. E mais! No momento em que Jesus tocou o impuro, tornou-se também ele impuro. E este é o mistério de Jesus: toma para si as nossas sujidades, as nossas impurezas. Paulo di-lo bem: ‘’Sendo igual a Deus, esvaziou-se a si mesmo. Depois Paulo vai além: ‘Fez-se pecado. Jesus faz-se pecado. Jesus excluiu-se, tomou para si a nossa impureza para aproximar-se de nós”.

Lição do Evangelho do dia é também o convite que Jesus faz ao leproso curado: “Não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta prescrita por Moisés, para que lhes sirva de prova”. Jesus faz isto porque, para além da proximidade, para Jesus é fundamental também a inclusão – sublinhou o Santo Padre:

“Tantas vezes penso que seja, não digo impossível, mas muito difícil fazer o bem sem sujar as mãos. E Jesus sujou-se. Proximidade. E depois vai para além. Disse-lhe: ‘Mostra-te aos sacerdotes e faz o que se deve fazer quando um leproso é curado’. A quem estava excluído da vida social, Jesus inclui: inclui na Igreja, inclui na sociedade … ‘Vai, para que todas as coisas sejam como devem ser’. Jesus nunca marginaliza ninguém. Marginaliza-se a si mesmo, para incluir os marginalizados, para nos incluir, pecadores, marginalizados, com a sua vida”.

O Papa Francisco concluiu a sua homilia afirmando que ‘proximidade’ é uma bela palavra que convida a um exame de consciência: “Eu sei aproximar-me?”. Tenho “ânimo, força, coragem de tocar os marginalizados?”. Uma pergunta para refletirem “as paróquias, as comunidades, os consagrados, os bispos, os padres”, enfim, “todos nós” – declarou o Santo Padre. (RS)

(from Vatican Radio)

Quinta-feira, 25 de junho: na Missa em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que as pessoas sabem quando um pastor tem a coerência que lhe dá autoridade. Uma homilia focada na distinção entre os verdadeiros pregadores e os ‘pseudoprofetas’.

Refletindo sobre o Evangelho que a liturgia do dia propõe, retirado do capítulo 7 de S. Mateus, o Santo Padre afirmou que as pessoas sabem “quando um sacerdote, um bispo, um catequista, um cristão possui a coerência que lhe dá autoridade”. Existem três palavras-chave para discernir onde estão os verdadeiros profetas e os verdadeiros pregadores: ouvir, fazer e falar – afirmou o Papa Francisco:

“Esses falam, fazem, mas falta-lhes outra atitude, que é a base, que é o próprio fundamento do falar, do fazer: a eles falta o ouvir. Por isso, continua Jesus: “Aquele que ouve estas minhas palavras e as põe em prática”: o binómio falar-fazer não é suficiente… engana-nos, tantas vezes. E Jesus muda e diz: o binómio é outro, ouvir e fazer, colocar em prática: ‘quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática será semelhante a um homem sábio que edificou a sua casa sobre a rocha”.

“Recordemos estas três palavras, são um sinal: fazer, ouvir e falar. Uma pessoa que fala e faz, somente, não é um verdadeiro profeta, não é um verdadeiro cristão, e no final tudo irá desabar: não está fundamentada na rocha do amor de Deus, não é firme como a rocha. Uma pessoa que sabe ouvir e depois de ouvir faz, com a força da palavra de outro, não da sua, esta pessoa permanece firme, não obstante seja humilde e não seja importante. Existem muitas dessas pessoas grandes na Igreja! Quantos bispos, sacerdotes e fiéis grandes que sabem ouvir e depois de ouvir agem!” (RS)

(from Vatican Radio)

Terça, 23 Junho 2015 11:46

O QUE É A VOCAÇÃO SACERDOTAL?

Jesus chamou para Apóstolos “aqueles que Ele quis”, depois de passar a noite em oração. A Igreja viu nisso o chamado ao sacerdócio. É Jesus quem chama o jovem à vida sacerdotal, que não é fácil, que exige muitas renúncias, para ser todo de Deus, a serviço do Reino de Deus, para a edificação da Igreja e a salvação das almas.

A palavra vocação vem do latim vocare=chamar. Deus põe no coração do jovem este desejo de servi-lo radicalmente, indiviso, “full time” como diz o inglês.

Para discernir este chamado divino o jovem precisa, sem dúvida, de um bom orientador espiritual, um padre ou um leigo experiente para ajudá-lo. Penso que alguns sinais que indicam que um jovem tem vocação ao sacerdócio sejam esses:

– Ter vontade de entregar a vida totalmente a Deus, sem guardar nada para si; ser como Jesus, totalmente disponível ao Reino de Deus. Abraçar o celibato com gosto, oferecendo a Deus a renúncia de não ter uma esposa, filhos, netos, casa, etc. Jesus disse que receberá o cêntuplo.

– Desejar trabalhar como Jesus pela salvação das almas, sem pensar em um projeto para a “sua” vida. Entregar a vida totalmente nas mãos de Deus. Ter o desejo de viver mergulhado em Deus.

– Gostar de rezar, de estar com Deus, de meditar sua Palavra, participar da Liturgia, pois sem isso não se sustenta uma vocação sacerdotal; o demônio tem muitas razões para tentar um sacerdote, aquele que lhes arrebata as almas.

– Amar a Igreja de todo o coração, tê-la como Mãe e Mestra; ser submisso aos ensinamentos do Magistério da Igreja. Ser fiel à Igreja e a seus pastores, nunca ensinando algo que não esteja de acordo com o Sagrado Magistério da Igreja, dirigido pelo Papa. Viver o que diziam os santos Padres: “sentire cum Ecclesia”, ou seja, sentir com a Igreja.

– Amar o Papa, os Bispos, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, os Sacramentos, a Liturgia e tudo o que faz parte da nossa fé católica. Desejar estudar teologia, filosofia e tudo o mais que o Magistério Sagrado da Igreja nos recomenda e ensina. Gostar de fazer meditações, retiros espirituais e uma busca permanente de santidade.

– Almejar viver como Cristo; ser “alter Christus”, um outro Cristo na Terra.

– Desejar viver uma vida de penitência, na simplicidade, na pobreza evangélica, na obediência irrestrita aos superiores, aberto a todos por um diálogo franco. Ser tudo para todos.

– Estar disposto a obedecer sempre o seu Bispo ou seu Superior a vida toda, qualquer que seja a decisão dele sobre você.

– Estar disposto a dar até a vida pela Igreja, pelas almas e por Jesus Cristo.

Talvez eu tenha sido um pouco exigente; mas para aquele que deseja ser um Sacerdote do Deus Altíssimo, creio que não se pode pedir menos do que isso.  A propósito, lembro a frase de Dom Bosco: “Não há maior graça para uma família do que um filho sacerdote”. Quem opta pela vida sacerdotal deve se entregar de corpo e alma a ela; não pode ser mais ou menos sacerdote, seria uma frustração para a pessoa e para Deus.

Prof. Felipe Aquino

 


 

O Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

 


 

Terça, 23 Junho 2015 11:45

ENCÍCLICA: LAUDATO SI

Você concorda que não seria muito inteligente de sua parte consultar a revista "Capricho" para se informar sobre os jogos do Campeonato Brasileiro, certo? Nem a revista "Quatro Rodas" para ficar por dentro das últimas tendências da moda, não é?

Então por que é que você, católico, se "informa" sobre o papa e seus ensinamentos ou sobre quaisquer assuntos da Igreja lendo resumos na "Folha de S.Paulo", na "Veja", na "Carta Capital" ou na "Globo.com"?

A chamada "grande mídia" nem sempre (ou quase nunca) é imparcial e objetiva quando publica "resumos", "análises" ou "opiniões de especialistas" sobre os documentos e fatos da Igreja. Se você pretende conhecer o que o papa Francisco realmente afirma na nova encíclica "Laudato si'", leia a própria encíclica, na íntegra, a partir de uma fonte confiável. Por exemplo? Que tal o site do Vaticano?

Aqui está o link para a página do Vaticano em que você pode ler o texto escrito pelo papa, na tradução oficial da Santa Sé ao português:

"LAUDATO SI'": TEXTO OFICIAL EM PORTUGUÊS, NO SITE DO VATICANO

Se preferir, você pode também acessar, no mesmo site do Vaticano, a versão do texto em formato .PDF, com a possibilidade de copiá-lo para o seu computador:

"LAUDATO SI'": TEXTO OFICIAL EM PORTUGUÊS, EM FORMATO .PDF, NO SITE DO VATICANO

A propósito: vá sempre direto à fonte e não se deixe manipular por "especialistas" e "vaticanistas" que "resumem" as palavras da Igreja com base em seus próprios "entendimentos". E se você é um católico preguiçoso que não costuma ler os documentos da Igreja em sua versão original, completa e oficial, considere que esta pode ser uma bela oportunidade para superar a sua preguiça e se tornar uma pessoa de caráter mais sólido! Boa leitura!

Fonte: www.aleteia.org

Terça, 23 Junho 2015 11:44

HINO JMJ CRACÓVIA EM PORTUGUÊS

Falta menos de um ano para a Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia (JMJ 2016) e um dos momentos mais esperados pelos jovens do mundo inteiro é conhecer, nos meses que antecedem o evento, o hino oficial, inclusive as versões nos diversos idiomas.

Na sexta-feira, 21 de agosto, em Aparecida (SP), durante o Encontro Nacional dos Responsáveis Adultos pela Evangelização da Juventude, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou a letra cifrada e a teologia do hino da JMJ em português.

>> Confira letra e cifra do hino em português

A tradução e adaptação do polonês para o português ficou sob a responsabilidade dos padres Zezinho e Joãozinho e do jovem Jonas Rodrigues, da Diocese de Mogi das Cruzes (SP), após aprovação da CNBB para esta elaboração da versão em língua portuguesa.

Padre Joãozinho comenta que a tradução se manteve fiel ao polonês mas que há o “toque latino”: “A compaixão, aqui na América Latina, já foi traduzida em termos de ‘libertação’. Há aí uma ‘teologia da solidariedade’, que foi marcante na vida e magistério de João Paulo II e, agora, renasce, no magistério de Francisco, com o nome de ‘misericórdia’”, explica.

“Eu acho que, com essa canção, os jovens vão ter uma motivação muito grande para uma catequese do acolher o outro e esquecer um pouco de si”, enfatiza padre Zezinho ao se referir ao tema da JMJ – “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt5,7) – e que orienta, portanto, a letra do hino. Ainda segundo o sacerdote e grande nome da música católica no Brasil, esta será uma oportunidade da juventude olhar para aqueles que não tem nada, mas somente Deus para olhar por eles.

“Os jovens e as famílias vão ter que assumir essa compaixão porque, caso contrário, não haverá nenhuma política que possa mudar o mundo”, afirma.

Ao mencionar os países onde ocorrem grandes perseguições aos cristãos, padre Zezinho enfatiza ali um sinal de esperança: “Exatamente lá onde estão martirizando os cristãos e ‘cortando em pedaços’ é que o cristianismo vai renascer, justamente por causa da misericórdia”.

Padre Joãozinho orienta ainda que diferentes arranjos do hino podem ser feitos, de acordo com os ritmos próprios de cada região do país, contanto que não saia da essência. “Inculture esse hino, mas sem sair dessa questão da compaixão”, recomenda.

De Mogi das Cruzes para a universalidade da Igreja. Literalmente, esta é a história da tradução em português do hino. Sem a menor pretensão de se tornar autor da versão oficial em língua portuguesa, Jonas aprendeu a cantar o hino em polonês, mesmo sem saber o idioma. Após isso, traduziu por conta própria apenas porque desejava fazer uma experiência com a letra e o tema da Jornada de 2016. Ele comenta que, no máximo, pensou em gravar no celular e enviar aos seus amigos e familiares. Por não saber o idioma da Polônia, contou com a ajuda de tradutores de internet e de uma versão em inglês feita por uma polonesa.

Jonas conta que sua primeira experiência com JMJ foi em Madri, no ano de 2011 e, na edição do Rio de Janeiro, em 2013, participou como voluntário. E o anseio de contribuir, de algum modo com a edição da Polônia, ainda ficou em seu coração: “A Jornada tem um significado muito grande para mim. Não tem como explicar o que é vivenciar uma JMJ. Só viver. E eu quis fazer meu algo a mais para 2016, mesmo sem imaginar que aconteceria tudo isso”.

Ainda de forma despretensiosa, Jonas enviou a letra a padre Joãozinho, tendo em vista que o sacerdote foi o responsável por diversas traduções de hinos das JMJ. Foi aí que este respondeu que seriam necessárias ainda algumas modificações, pois uma tradução é algo complexo que requer não fugir da essência e métrica do original, mas, ao mesmo tempo, pode se adaptar à realidade local.  Em seguida, a tarefa foi enviar para aprovação da CNBB, à qual já cabia a elaboração do hino, em acordo com o Pontifício Conselho para os Leigos, o dicastério romano responsável pela organização geral das JMJs.

De acordo com o assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da CNBB, padre Antonio Ramos do Prado, esta versão será a oficial para todos os países de língua portuguesa, conforme as orientações do Pontifício Conselho para os Leigos.

Gravação

No último dia 30 de julho, nos estúdios da Gravadora Paulinas/Comep, em São Paulo (SP) diversos nomes da música católica se reuniram para a gravação do hino em português. Padre Joãozinho foi o responsável pela produção artística e musical e Jonas, que também é cantor e atua na Paróquia Nossa Senhora do Carmo de Mogi das Cruzes, também participou cantando a versão oficial.

Confira a ficha técnica:

Cantores: Fátima Souza, Walmir Alencar (Adoração e Vida), Thiago Costa, Lucimare Nascimento, Milton Fortes, Jake Souza (Vida e Comunhão), Rodrigo Pires (Adoração e Vida), Jonas Rodrigues, Fr. Bruno André, scj, Fr. Otávio da Silva, scj, Fr. Márcio Arantes Jr, scj, Fr. Eduardo Pugliesi, scj, Fr. Henrique Nascimento, scj, Fr. Eduardo Fonseca, scj, Grupo Chamas, Marília Mello, Jô D’Melo (Vida e Comunhão), Jake Trevisan, Simone Medeiros, Grupo Ir ao Povo, Bruna Farias, Cidinha Moraes (Vida Reluz), Felipe Souza (Vida Reluz).

Produção artística e musical: Pe. Joãozinho, scj

Adaptação musical e teclados: Maestro Luiz A. Karam

Bateria e percussão: Juninho Freire

Baixo: Adriano Reis

Violão e guitarra: Maercio Lopes

Violino: Alexandre Pinatto e Matheus Pereira

Viola: Digão

Violoncelo: Rafael Frazzato

Assista também à explicação e ouça a música do hino com padre Zezinho e padre Joãozinho

Explicação Pe. Zezinho

Sexta, 05 Junho 2015 09:20

Espiritualidade Sacerdotal Diocesana

 Escuta da Palavra e Relação fraterna

A Palavra como lugar teológico de formação inicial e permanente.

 

 Este tópico responde a dois temas necessários na Igreja hoje:

  1. A exigência por uma formação permanente, visto também, como um problema de nossa atualidade; e,

  2. A atenção particular da Igreja sobre o Sínodo da Palavra de Deus realizado em 2010.

A Palavra de Deus aparece como conteúdo de formação permanente, quer dizer, a necessidade de entrar em contato de maneira cotidiana; não simplesmente quando temos alguma oportunidade especial, retiro ou encontro.

A formação de todo sacerdote é um projeto do Pai, que deseja despertar nos seus eleitos, os mesmos sentimentos do Filho. A formação teológica, envolve-se em torno da Palavra de Deus, e, é o Pai, quem conclui este projeto. A autêntica formação acontece e se estende por todos os dias.  

Os sacerdotes e leigos são formados cotidianamente pela Palavra de Deus. A formação humana passa, também, pela presença do outro. Deus se serve de muitos momentos da vida diária como as relações pessoais. Ou seja, a formação que acontece a partir dos relacionamentos humanos, é mediada pela presença de Deus e acontece de várias maneiras:

  1. Cotidianamente, a vida deve fundir-se à Palavra; isto é, deve ao mesmo tempo crescer e se alimentar da Vontade de Deus. Vida e Palavra crescem, florescem e dão frutos juntas.

  2. A Palavra de Deus é formação permanente no nosso viver, a cada instante, em nossas iniciativas. 

O próprio processo de formação e crescimento da pessoa obedece a isto: o desejo do Pai de formar em nós “os mesmos sentimentos do Filho”. Todas as circunstâncias de vida são mediações de formação permanente: as situações, os irmãos, os sucessos, os problemas, formam em nós o coração do Filho. 

Mais importante que os fatos externos, está a disponibilidade inteligente de quem se deixa formar na vida. Por isso não basta apenas, conformar-se como pessoas dóceis, mas como pessoas convencidas desta docilidade aos desígnios do Pai. 

                                                                                                                                                                                                            Pe. Marco Antonio Forero. PSS. Reitor 

Sexta, 05 Junho 2015 08:53

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