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Áderson Miranda da Silva

Áderson Miranda da Silva

Terça, 06 Outubro 2015 14:45

Noite de Lançamento #UmaOfertadeAmor

Na última quinta-feira (01), os seminaristas do Seminário Maior de Brasília lançaram a campanha “Ajude a manter os nossos seminaristas por um mês”, que visa a arrecadar fundos para as reformas em curso no seminário. O seminário está esperando receber mais de 30 seminaristas para o ano que vem, porém nossa casa formativa ainda busca recursos para construir o espaço adequado para acolhê-los. 

A noite de lançamento contou com a presença massiva dos padres e seminaristas que, num clima de festa e descontração, ouviram as explicações sobre o projeto, fizeram uma doação simbólica e compartilharam nas redes sociais o site da campanha. Para finalizar, tivemos um lanche e a gravação do vídeo com o tema da campanha, “Uma Oferta de Amor”.

Se você quer ajudar a formar os nossos futuros padres, entre no site abaixo e faça sua generosa doação: http://catarse.me/seminariomaiorbsb

 

Sexta, 02 Outubro 2015 09:24

Homilia: 27º Domingo do Tempo Comum

É interessante ver como ontem e hoje o povo se pergunta sobre a indissolubilidade do matrimônio. Os fariseus fizeram a pergunta a Deus para pô-lo à prova. E os homens de hoje, qual a dúvida? Infelizmente, na sociedade atual se tem relativizado a importância da indissolubilidade do matrimônio, nesta sociedade descartável, efêmera, que não tem compromisso nenhum, percebe-se na unidade do vínculo matrimonial um peso.

A resposta de Deus é categórica: “Moisés permitiu escrever uma certidão de divórcio e despedi-la”. Jesus disse: “foi pela dureza de vosso coração” e argumenta: “no entanto desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher”, e colocou uma exigência: “por isso o homem deixara seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne”. “Portanto o que Deus uniu, o homem não o separe”. Aqui está a essência da unidade do matrimonio cristão.

A primeira leitura, tirada do livro do Gênesis, vem reforçar o argumento de Deus. Narra a criação do primeiro casal, “ao principio da criação, Deus criou homem e mulher, deixarão seus pais unir-se-ão até serem a mesma carne.” É afirmar a unidade irrompível e permanente do matrimônio.  É a maneira cristã de conceber o matrimônio.

Tanto é adúltera a mulher com respeito ao marido, como o homem, pois: homem e mulher estão no mesmo plano, no que se refere a seu dever de fidelidade.

Encontramos na primeira leitura a narração da criação da mulher. É interessante como o autor sagrado fala: “o homem deu a todos os animais o nome próprio, depois não encontra nenhum semelhante a ele, que pudesse fazer-lhe companheira”. Então Deus toma a iniciativa: “Faz cair um sono profundo sobre Adão, quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. Depois da costela tirada de Adão, o Senhor formou a mulher e conduziu a Adão”.

O entusiasmo deste é grande: “Desta vez sim, é osso de meus ossos e carne da minha carne!” Será chamada “mulher”, porque foi tirada do “homem”. A frase na nossa língua não é tão significativa como no hebraico: o homem é ish e o feminino que será mulher é ishah. Mulher é o feminino de homem. Há uma verdadeira unidade, que não pode se pensar em rompê-la. 

Há uma segunda parte do Evangelho: de novo Jesus utiliza uma criança para sublimar como devemos receber o evangelho: “acolher”, a criança aceita facilmente e com generosidade o que se lhe dá. Por isso, no Reino dos Céus, os que são como crianças, capazes de acolher um dom, entrarão no lugar que Deus tem para seus irmãos, é o que vemos na 2° leitura.

Deus sofreu até a morte, mas esse sofrimento foi conveniente para que os filhos de Deus pudessem entrar no céu, santificar e conduzir até o céu aqueles que como ele descendem do Pai. Por isso os chama de irmãos.

Queridos irmãos, que as leituras desde domingo renovem nossa fé no matrimônio uno e indissolúvel como Deus o pensou desde a criação, e saibamos fazer frente a todos os inimigos que se levantem contra a instituição “família”. A força dela está nesta estabilidade que vem da unidade e da indissolubilidade. 

Acolhamos com simplicidade e abertura o chamado ao reino dos céus, como crianças e como comunidade de irmãos a alcançar a “glória eterna”. Amém.

Peçamos pelo êxito do sínodo que começa hoje em Roma sobre a família.

Pe. Oscar Duque Estrada. PSS.

 

Quinta, 01 Outubro 2015 16:49

OVS lança canal no YouTube

O Obra das Vocações Sacerdotais (OVS) lançou no dia 30/10/2015 um novo canal de vídeos no YouTube. A OVS é a entidade religiosa sem fins lucrativos, vinculada à Arquidiocese de Brasília. Sua missão é arrecadar e administrar todos os recursos financeiros doados pelos BENFEITORES (fiéis leigos) em prol da sustentação material do Seminário Maior Nossa Senhora de Fátima e do Seminário São José. 

O canal deseja ser um novo meio de diálogo entre os benfeitores e a entidade, mostrar o que acontece nos seminários fruto da colaboração dos benfeitores: a vida dos seminaristas, as obras nos seminários e, além disso, permitir que o benfeitor participe mais diretamente dos frutos da formação sacerdotal.

Quarta, 30 Setembro 2015 09:53

Saiba como fazer sua #UmaOfertadeAmor

Hashtag é uma expressão bastante comum entre os usuários das redes sociais, na internet. Consiste de uma palavra-chave antecedida pelo símbolo #, conhecido popularmente no Brasil por "jogo da velha" ou "quadrado". A hashtag que o Seminário vai usar a partir de agora em todas as suas publicações é a seguinte:

#UmaOfertadeAmor

Por trás dessa hashtag, existe um grande projeto que cremos ter sido gerado no coração de Deus. Um projeto que pode ajudar o seminário a promover ainda mais as vocações sacerdotais. O título do projeto é “Ajude a manter os nossos seminaristas por um mês”.

O que é o projeto?

É uma iniciativa dos seminaristas do Seminário Maior de Brasília, que conta com a colaboração de leigos externos, e visa arrecadar a quantia de R$ 100.000,00 (valor aproximado do custo mensal da manutenção da instituição).

Como ele funciona?

Nós lançamos o projeto “Ajude a manter os nossos seminaristas por um mês” no site http://catarse.me/seminariomaiorbsb. Quem quiser contribuir financeiramente, deve entrar nesse site, fazer um cadastro rápido e doar por cartão de crédito ou boleto bancário.

É seguro doar dinheiro pela internet?

Sim! Além de seguro, é prático e rápido. O catarse.me faz uso do protocolo HTTPS, que é usado pelos principais bancos e lojas virtuais do Brasil e do mundo para proteger as suas transações financeiras de possíveis ataques hackers.

O que as pessoas ganham por contribuir?

Além de ajudar o Seminário Maior a formar os futuros sacerdotes, você ainda ganhará uma recompensa de acordo com a doação que fizer. Quanto maior o valor doado, maior será a sua recompensa. 

Decidi! Quero ajudar o Seminário! Como posso ajudar?

Acesse o link do catarse.me/seminariomaiorbsb, faça o cadastro e realize a sua doação. Você ainda pode fazer mais: incentive outros doadores divulgando o projeto nas suas redes sociais (Facebook, Instagram e Twitter), paróquias, movimentos e comunidades. Para isso, use a hashtag #UmaOfertadeAmor em TODAS as suas publicações

É só isso mesmo? O que mais eu preciso saber?

A campanha tem início no dia 01 de outubro e durará até 01 de dezembro. Temos dois meses para conseguir este valor. É TUDO OU NADA: se alcançarmos a meta de R$ 100.000,00 até o final do prazo (60 dias), ficamos com o dinheiro; se não conseguirmos, o dinheiro voltará para os doadores. Por isso precisamos, além da sua doação, do compartilhamento do material de campanha em suas redes sociais. O material estará disponível nos nossos perfis oficiais do Facebook, Instagram e Twitter. Além disso, use a hashtag #UmaOfertadeAmor nas suas publicações.

RESUMINDO

“Ajude a manter os nossos seminaristas por um mês” é um projeto promovido pelos seminaristas no site catarse.me/seminariomaiorbsb, visando arrecadar fundos para pagar o valor equivalente a um mês do que custa manter o nosso seminário. Além da doação, eu posso promover a campanha usando a hashtag #UmaOfertadeAmor em todas as minhas publicações nas redes sociais.

 

Os membros do Movimento Serra de Brasília participaram da Missa em ação de graças pela canonização de seu fundador, São Junípero Serra, no Seminário Maior de Brasília. O papa Francisco canonizou o frade franciscano no último dia 23 de agosto no Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington. O site ACI.com publicou uma pequena biografia do santo espanhol:

Este santo, conhecido como o Apóstolo da Califórnia, nasceu em Petra na ilha de Maiorca, a 24 de novembro de 1713, de Antônio Serra e Margarida Ferrer, pais exemplares pelos costumes e piedade, embora pessoas de pouca instrução. A criança foi batizada com o nome de Miguel José e foi crismado com a idade de apenas dois anos, por ocasião da visita do bispo de Maiorca, Atanasio Esterripa. Ajudava os pais nos trabalhos do campo e frequentou a escola anexa ao convento franciscano de São Bernardino, dando provas de inteligência viva e aberta e desta forma pôde ser encaminhado para fazer estudos superiores.

Depois de um ano de estudos filosóficos no convento de São Francisco de Palma, com 17 anos, vestiu o hábito franciscano no convento Santa Maria de Jesus. A 15 de setembro de 1731 emitiu os votos religiosos mudando o nome de batismo para o de Junípero, devido à grande admiração que tinha para com Frei Junípero, um dos primeiros companheiros de São Francisco.

Aos 35 anos de idade, não obstante a fecundidade de seu apostolado na Europa, Frei Junípero, obedecendo a um chamado interior, partiu rumo às Missões da América junto com um seu discípulo, Frei Francisco Palòu. Os dois permanecerão juntos por toda a vida. Partiram no dia 13 de abril de 1749, de Málaga. Depois de dramática travessia chegaram a São João de Porto Rico no dia 18 de outubro e a 7 de dezembro alcançaram Vera Cruz, na costa sul do México. A pé prosseguiram até a cidade do México. Passou a exercer apostolado junto aos indígenas falando em sua língua.

O futuro santo fez um catecismo na língua do povo e ensinava ciência e técnicas a respeito do trabalho da terra. Graças à ajuda dos que eram missionados, Junípero e seu colega puderam construir em Santiago de Jalpán uma igreja de pedra, de estilo barroco ainda hoje tido como monumento de interesse histórico e tomado, posteriormente, como modelo para a realização de quatro outras igrejas na missão. 

Em junho de 1767, depois da expulsão dos jesuítas das possessões do vice-reino de Espanha por decisão de Carlos III, as missões da Baixa Califórnia foram confiadas aos Franciscanos e Frei Junípero foi nomeado seu superior. Em 1º de abril de 1768, junto com 14 companheiros, empreendeu a corajosa e extenuante viagem rumo à península da Baixa Califórnia.

Depois de dois anos, devido também às condições econômicas favoráveis, pôde fundar a primeira missão californiana de San Diego de Alcalà. Deslocou-se na direção da Alta Califórnia e fundou as Missões de São Carlos Borromeu, de Santo Antônio de Pádua, São Gabriel e de São Luis Bispo e muitas outras. Segue-se um período de incompreensão com um comandante militar da Nova Espanha, José de Galvez. Por este motivo, o bem-aventurado retirou-se a pé para o México permanecendo no Colégio de São Ferdinando até 13 de março de 1774. No final da vida, retirou-se com seu confrade fiel para Monterey, na Califórnia, que escreveu a biografia do bem-aventurado como testemunha ocular.

Junípero Serra, segundo o site dos franciscanos no Brasil, foi definido como um colosso de evangelizador. Durante dezessete anos, precisamente de 1767 a 1784 percorreu, apenas na Califórnia, perto de 9.900km a pé, 5.400 em embarcação, não obstante a idade e as enfermidades. Fundou 9 missões, das quais derivam os nomes franciscanos de cidades californianas muito importantes, como São Francisco, São Diego, Los Angeles, etc.

Frei Junípero, fortemente debilitado em sua saúde, pela asma e gangrena numa perna, morreu a 28 de agosto de 1784 no retiro do Carmelo de Monterrey na Califórnia com 71 anos de idade, sendo que 36 deles foram dedicados à missão.

Considerado o pai dos índios, foi honrado como herói nacional. Desde 1º de março de 1931, a sua estátua representando o Estado da Califórnia, está entre as outras dos Pais fundadores dos Estados Unidos na Sala do Congresso de Washington, estátua única de um religioso no Santuário dos americanos ilustres. O ponto mais alto da cordilheira de montanhas de Santa Lucia na Califórnia tem o seu nome.

Joao Paulo II o beatificou a 25 de setembro de 1988. Francisco o canonizará em ukma cerimônia solene no dia 23 de Setembro.

(Fonte: ACI.digital)

Sexta, 25 Setembro 2015 08:18

O caminho da formação no Seminário

“Apascenta os meus cordeiros.” (Jo 21, 15) Este é o pedido de Jesus aos que Ele escolhe para guiar, proteger e santificar o seu rebanho nas estradas rumo a Pátria Definitiva. É um caminho de grande labor, mas também, de grande satisfação por estar realizando a vontade do Deus que nos ama incondicionalmente. Mas tal serviço exige do sacerdote uma grande preparação, sobretudo espiritual, para conseguir realizar da forma mais digna possível o ministério a Ele confiado.

Todavia um sacerdote não nasce pronto, nem, muito menos, se transforma de maneira mágica no momento em que o bispo lhe impõe as mãos na ordenação. Ele é gestado no coração de Deus, chamado a um amadurecimento profundo, a uma preparação que abarca todas as dimensões de sua vida e que ocorre no seio da Igreja, sob o seu amável acompanhamento esponsal que ela lhe confere.

Sabendo disso, vale partilhar um pouco aquilo que é a preparação espiritual de um jovem que discerne a vocação sacerdotal e que está entregue nas mãos do Senhor para realizar a sua vontade.

Antes de qualquer coisa, toda a vida espiritual de um seminarista deve estar pautada no amor ao seu Senhor. Não podemos jamais deixar de olhar para Jesus e enxergá-lo como meta, mas também como amigo, confidente, o Único que nos conhece mais do que nós mesmos, como diz Santo Agostinho e que nos quer unidos a Ele unicamente porque nos ama.

Mas como amá-Lo? Os meios para conseguir chegar a esta união de inteira disposição ao Amado são aqueles que a Igreja instrui a todo e qualquer fiel que quer se aproximar do Senhor. A Palavra de Deus, a Oração, a Santa Missa – e a Eucaristia, a devoção Mariana. Na Palavra de Deus encontro as respostas aos questionamentos e a voz do Senhor que conversa conosco. Na oração, a intimidade com Aquele que, mesmo na minha indignidade, conversa comigo e dá a oportunidade de conversar com Ele. A Eucaristia, que alimenta e fortifica a vida espiritual em cada Santa Missa. Depositar, também, as lágrimas, mas sobretudo, as alegrias e anseios nas mãos da Virgem, é forma de declarar a total entrega ao seu Amado Filho.

Saber que a recompensa de amar Jesus já é a própria possibilidade de poder amá-Lo, trás uma grande alegria no coração e ânimo para seguir no caminho de discernimento que a Igreja propõe.

Celebrando o Sagrado Coração de Jesus e recebendo da Santa Igreja o convite para rezarmos pela santificação dos sacerdotes, uno-me ao Coração que jorra sangue e água. Seu coração perfeito, onde habita o Amor por excelência, faz-se grande exemplo de entrega, todos os dias, quando recordo que não é por dignidade que estou discernindo o que Ele quer de mim, mas por pura misericórdia.

Debaixo dos raios misericordiosos que saem de Seu amável coração, quero continuar a trilhar os caminhos os quais o Senhor levar, confiando que, seja ele qual for, será para o bem do povo de Deus, para a felicidade do filho que se entrega aos desígnios do Pai e a maior glória Daquele que é Senhor de nossas vidas, sob a intercessão da Virgem Santíssima. “Mãe de Jesus Cristo, [...] acolhei desde o princípio os chamados, protegei o seu crescimento, acompanhai, na vida e no ministério, os vossos filhos, ó Mãe dos Sacerdotes.” (São João Paulo II)

Por Matheus Vinícius de Oliveira Santos, seminarista

 

Como católico e, mais ainda, como seminarista, sempre procuro referências cristãs nas cidades por onde passo. Não é difícil encontra-las: elas estão nos nomes das ruas, nos monumentos, nas obras de arte ou nas igrejas. Nos Estados Unidos, um país de maioria protestante, não poderia ser diferente. A referência chega até mesmo às notas de dólar que as pessoas trocam a todo o tempo neste país conhecido especialmente pela lógica consumista.

Porém, o clamor pela laicização da sociedade tem se espalhado pelo ocidente desde a afamada Revolução Francesa, evento ilustrado pelo movimento iluminista, que proclamava, dentre outras coisas, a libertação dos “dogmas” do passado. Nos Estados Unidos já propuseram retirar das notas de dólar a frase “in God we Trust” (Acreditamos em Deus, em tradução livre) a fim de agradar aqueles que acreditam na neutralidade religiosa do Estado. Porém, nenhuma iniciativa teve sucesso até o momento, considerando que a própria constituição americana faz menção a Deus como um dos pilares daquela nação.

Em julho passado, tive a oportunidade de visitar Washington, DC, a capital dos Estados Unidos. Na visita ao Capitólio (o Congresso Norte-americano), impressionou-me o chamado National Statuary Hall, um grande salão que contém várias estátuas, cada uma representando um estado norte-americano. Uma estátua em particular me chamou a atenção: toda feita de bronze, ela mostrava um frade franciscano erguendo imponentemente um crucifixo numa mão e uma igreja em outra. Trata-se da estátua de frei Junípero Serra, um frade da Ordem dos Frades Menores do século XVIII. Minha surpresa foi dupla: primeiro por ver uma figura religiosa reverenciada no edifício político mais importante das Américas; segundo por essa figura ser nada menos que um padre católico.

Assim como no caso da frase nas notas de dólar, várias vezes tentaram substituir a estátua do fundador do estado da Califórnia no Capitólio. A última tentativa propunha a mudança pela estátua de Sally Ride, a primeira mulher norte-americana a ir para o espaço. Mas lendo um pouco da biografia do santo canonizado no último dia 23 de setembro, percebo o quanto o Congresso norte-americano teria a perder ao substituir a estátua e, consequentemente, o exemplo de Junípero Serra. Serra deixou sua terra, sua família e seus confrades no século XVIII, enfrentou meses de viagem num barco e preparou seu coração para os desafios que o esperavam no Novo Mundo. Ao chegar, desbravou terras desconhecidas, aprendeu a língua e os costumes dos nativos, defendeu seus interesses em relação aos exploradores europeus e acima de tudo, aprendeu como despertar e nutrir a fé no coração daqueles que encontrou em seu caminho. 

O exemplo de Serra fala muito ao mundo de hoje. Seu lema, “Siempre adelante!”, mostra ao mundo moderno que progresso vai muito além do desenvolvimento econômico, da justiça social ou de qualquer tipo de conforto que o homem possa construir com suas mãos. Para ele, o homem progredia, antes de tudo, quando caminhava rumo à plenitude em Deus, como deixou claro nas linhas finais de sua última carta: “que atinjamos o sucesso pelas mãos da Imaculada e, o quanto antes, o paraíso!”.

Como diz o Papa Francisco, Junípero Serra “seguia em frente para continuar experimentando a alegria do Evangelho, seguia em frente para não deixar seu coração se anestesiar, seguia em frente porque o Senhor o esperava”. Enfim, ele sempre seguia em frente porque possuía o combustível do amor a Deus e do amor ao próximo. Amores que, no fim das contas, resumem todos os mandamentos.

Por Vinícius Farias

Quarta, 23 Setembro 2015 23:40

Homilia: 26º Domingo do Tempo Comum

“Se tua mão te leva a pecar, corta-a” Mc 40, 43

As tendências um tanto exclusivistas poderiam ser um pecado das comunidades cristãs de hoje? Como as atitudes do Antigo Testamento, no tempo de Moisés, como no tempo dos discípulos: existe a tentação de impedir que alguém tenha sucesso no bem que faz? Jesus vem com sua mensagem e tira os padrões humanos de apegos exclusivistas: "Jesus os repreendeu dizendo: Não os proibais, pois ninguém faz milagres em meu nome para depois falar mal de mim. Quem não é contra nós é a nosso favor". (Mc 9,39-40).

Na primeira leitura, tirada do livro dos Números, descobrimos a graça do Espírito dada a Moisés e aos setenta anciãos. As palavras de Moises nos abrem ao desejo do Espírito para todo o povo: "Quem dera que o povo do Senhor fora profeta e tivesse o Espírito do Senhor" (Num 11, 29). Por isso o salmo nos convida a entender: "A lei do Senhor é perfeita, alegria do coração", que entra na dinâmica da segunda leitura, a reclamação da justiça e do direito por parte dos poderosos, chamados pela Sagrada Escritura de ricos. Concluímos a Liturgia da Palavra deste dia com as exigências da radicalidade do Evangelho, nas exigências do seguimento de Cristo.

O itinerário de Jesus até Jerusalém está semeado de ensinos e recomendações. Eles formam uma espécie de manual catequético, permitindo aos discípulos experimentarem constantemente a solidez da sua fé que está nascendo e que com a ajuda do mestre, se fortalece e cresce. A questão colocada entre os discípulos é a seguinte: "Nós temos visto alguns expulsarem demônios e nós os proibimos, porque não nos seguem" (Mc 9, 38). Isso traduz o formalismo rígido interior de quem nós gostaríamos, do mesmo modo que os discípulos expressam atitudes de “manter preso o Espírito”, de tirar a liberdade do Espírito que sopra onde Ele quer.

Nós que somos cristãos, não podemos nos considerar os únicos mestres da salvação, que é um dom de Cristo. Aquelas que são as nossas responsabilidades ou modalidades de vida, maneiras de viver no seio da Igreja e no nosso viver cotidiano, podem fazer presente o pensamento e a pessoa de Cristo para os outros, como para nós mesmos, no referente ao testemunho, palavras, gestos e atos.

Cientes que o Dom de Cristo e a graça do Espírito são gratuitos, estamos convidados a fazer todo o esforço para valorizar tudo o que nos é dado no mundo, para deixar entender a experiência redentora. Só Cristo pode nos dar uma resposta de convicção às inquietações que habitam o coração do homem. Só Cristo pode enviar o Espírito Santo para esclarecer e dar a paz a cada pessoa.

Nosso desejo mais profundo deve responder àquele de Moisés quando escreve: “Quem dera que o povo do Senhor fora profeta e tivesse o Espírito do Senhor” (Num 11, 29).

Que Maria nos ensine claramente esta docilidade ao Espirito. “Faça-se”, segundo a tua Palavra.

Nos dias 21 e 22 de setembro, os padres formadores das diversas dioceses do regional Centro-Oeste/CNBB estiveram reunidos no Seminário Maior Arquidiocesano Nossa Senhora de Fátima, em Brasília (DF), para o encontro de formação promovido pela Organização dos Seminários e Institutos do Brasil (OSIB).

Nos dois dias do encontro, os participantes refletiram sobre o tema “Desafios na formação dos futuros presbíteros na cultura midiática”, a partir das reflexões do Assessor da CNBB, Paulo Giraldi, Dr. em Teoria da Comunicação. A abertura do encontro foi realizada pelo Exmo. Rev. Dom Waldemar Passini (bispo referencial da OSIB - Regional), numa manhã de espiritualidade, com o tema: "A escuta e o silêncio na identidade do discípulo". O evento terminou com uma partilha das experiências vividas nos diversos seminários do regional.

Segunda, 21 Setembro 2015 23:51

Festa de São Mateus

Durante o encontro do Regional Centro-Oeste de padres formadores promovido pela OSIB (Organização dos Seminários e Institutos do Brasil), celebramos a festa de S. Mateus, com a presença do Exmo. Rev. Dom Jorge Alves Bezerra, SSS, bispo da diocese de Paracatu.